15 de Outubro de 2024

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QUEM SOMOS

 A IMPRENSA DE CUYABÁ

Fundador: Padre Ernesto Camillo Barreto – Patrono dos Jornalistas Mato-grossenses e da Imprensa em Mato Grosso.

Surgiu em julho de 1859 em Cuiabá, com o objetivo de ser o primeiro jornal oposicionista ao governo provincial, surpreendendo aos meios políticos. Nem se poderia imaginar que isto acontecesse, àquela época. “A Imprensa de Cuyabá” ficou consagrado na história da imprensa em Mato Grosso e seguia a linha editorial de política, mercantil e literário, fundado pelo padre Ernesto Camilo Barreto e por João de Souza Neves, cujo primeiro número circulou em 23 de julho de 1859. Fez intensa campanha contra o governo do tenente-coronel Antônio Pedro de Alencastro, comandante das Armas e 14º presidente da Província, que assumiu em 13 de outubro de 1859 e administrou Mato Grosso durante dois anos, três meses e 25 dias.

“A Imprensa de Cuyabá” pertencia à firma Neves & Cia, cujo redator-chefe era José Jacinto de Carvalho. As suas oficinas foram instaladas na Rua Augusta, nº 50, atual Rua Pedro Celestino e, se manteve fiel aos seus ideais, conforme publicou no seu primeiro editorial. Além de seu caráter tipicamente político, constata-se também, o impecável estilo do seu corpo redatorial, composto por José Jacinto de Carvalho, Francisco de Moraes Jardim e, a partir de 1861, Henrique José Vieira, Luiz da Silva Prado, Antônio Cerqueira Caldas, Flaviano de Souza Neves, José Porfírio Antunes, Antônio Antunes Galvão, Celestino Corrêa da Costa, Antônio Rodrigues de Araújo, Gabriel de Souza Neves e Manoel Joaquim Corrêa.

A partir da edição n. 54. 314, de 19 de janeiro 1865, passa a denominar-se Boletim. Sob a denominação de “Folhetim da Imprensa”, havia uma coluna que, em capítulos, veiculava contos literários, entre outros “Os Dous Amantes”, “Djanira e Francisco”, por J. F. C. N., “A Bastarda”, “O Sentinnela Felício”, etc. Além do seu aspecto político e literário, A Imprensa de Cuyabá era um jornal rico em curiosidades. A Imprensa de Cuyabá, além da sua linha editorial objetivada, veiculava contos literários, era rico em curiosidades, onde o humorismo estava presente nas suas páginas diárias.

Em razão de sua oposição, o padre Ernesto Camilo Barreto foi preso e deportado para o Rio de Janeiro, dando origem a um incidente que motivou a demissão do presidente Antônio Pedro de Alencastro. Os jornalistas Rubens de Mendonça e Pedro Rocha Jucá indicaram o nome do padre Ernesto Camilo Barreto para ser o patrono dos jornalistas mato-grossenses, o que foi aprovado por unanimidade em congresso estadual da classe realizado em Aquidauana - MS.

Mesmo sendo um jornal de oposição, A Imprensa de Cuyabá também publicava atos oficiais da presidência da Província e da Assembleia Legislativa Provincial, bem como informações sobre os óbitos, nascimentos, batizados, casamentos e toda a legislação sobre o Seminário Episcopal, tinha até “classificados”.

Agora ressignificado, volta a ser editado no formato digital e, sempre buscará se fortalecer nos princípios dos ideais do Padre Ernesto Camillo Barreto.

Fonte: Pedro Rocha Jucá – Imprensa Oficial de Mato Grosso – 170 anos de história – pg 54 e seguintes

 Responsáveis:

Luiz Ernesto S. Barreto

É funcionário público estadual aposentado. 

 

Neila Barreto

Graduação: Letras – Universidade Federal de MT – UFMT – Cuiabá-MT

Graduação: Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo – IVE-VG-MT

Ciência Política – UNIVAG-VG – Várzea Grande-MT

 Mestre em História – UFMT –  – Cuiabá – MT 

Membro da Academia Matogrossense de Letras - AML

Membro do Instituto Histórico e Geográfico de MT- IHGMT

 

Exemplar do Jornal A Imprensa de Cuyabá

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