O deputado estadual Allan Kardec não vê necessidade de seu partido, o PSB, brigar pela segunda suplência da chapa encabeçada pelo senador Wellington Fagundes (PL), que busca a reeleição ao Senado Federal.
Para o socialista, a presença da legenda na chapa pode causar estranhamento aos eleitores, já que o PSB ocupa a vice-presidência da chapa presidencial de Lula (PT), com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
“Há discussão dentro do partido [sobre a segunda suplência]. O deputado Max [presidente estadual do PSB] está conduzindo isso. Eu, particularmente, não vejo necessidade. A gente já está junto com o governador Mauro Mendes. Acho que o PSB deveria ficar de fora dessa suplência do Senado, uma vez que nós apoiamos oficialmente o presidente Lula”, declarou.
Mesmo sendo contrário a essa possível aliança, Kardec ressaltou que o assunto está sendo debatido pela diretoria da sigla e que irá acatar a decisão que for tomada, independente de sua opinião pessoal.
“Talvez o eleitor vai ter um questionamento […] porque nós estamos na suplência de um senador bolsonarista, mas, enfim, a decisão ficou para a Executiva. Acho que a gente não tem essa necessidade, mas se isso acontecer, é vida que segue. Vamos bora pra frente”, disse.
Na última semana, durante reunião da Comissão Executiva do PSB, foi aprovada a indicação do empresário Joaquim Diógenes Jacobsen, ex-vereador por Nova Mutum, para a segunda suplência de Fagundes. A decisão é uma readequação do partido, após a desistência da médica Natasha Slhessarenko, que seria a candidata do PSB ao Senado.
O presidente do PSB em Mato Grosso, deputado Max Russi, disse que a segunda suplência da chapa de Fagundes foi oferecida ao partido pelo governador Mauro Mendes (União). No entanto, a presença da sigla socialista na composição não agradou Wellington, devido à proximidade do partido com Lula em nível nacional.
Uma reunião estava agendada nesta quinta-feira, 11 de agosto, entre o presidente do PSB e o governador, para tentar resolver esse impasse. Porém, o encontro foi adiado devido à viagem repentina do governador a São Paulo, para acompanhar o tratamento de saúde da primeira-dama Virgínia Mendes.
