14 de Fevereiro de 2025

POLÍCIA Domingo, 02 de Fevereiro de 2025, 08:42 - A | A

RESOLVAM-SE AÍ

Deputados terão que se explicar à sociedade caso derrubem veto aos ‘mercadinhos’ nas cadeias, afirma Mauro

O governador afirma que não governa o Estado sozinho e que a sua parte está sendo feita para combater as facções criminosas

Paulo Henrique Fanaia - LeiaAgora

fachada presidio

 

Os deputados estaduais de Mato Grosso terão muito o que explicar para a sociedade, caso eles derrubem o veto do governador Mauro Mendes (União) sobre a manutenção dos “mercadinhos” nos presídios do estado.

Esta foi a análise feita pelo próprio chefe do Executivo durante entrevista concedida à rádio Jovem Pan na manhã desta quarta-feira (29).

Eu não mando sozinho em Mato Grosso, tenho a iniciativa do Executivo, mas temos a Assembleia Legislativa, que eu tenho que respeitar, e o Judiciário, que eu tenho que respeitar. A minha parte eu fiz, se eles [deputados estaduais] derrubarem o veto, eles vão ter que se explicar para a sociedade por que eles querem manter os mercadinhos para os presos. Eu estou fazendo a minha parte e acredito que a Assembleia vai fazer a dela”, disse o governador.

Na semana passada, Mauro vetou trechos do projeto de lei aprovado por unanimidade pela Assembleia, que visa endurecer as medidas de segurança nas unidades prisionais do Estado.

O gestor barrou a cláusula que garante a continuidade dos chamados mercadinhos nos presídios.

A manutenção dos estabelecimentos divide opiniões entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Diferente do que defende o desembargador e supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo de Mato Grosso, Orlando Perri, Mauro afirma que a existência dos mercadinhos é desnecessária, tendo em vista que o Estado fornece todos os produtos essenciais para os reeducandos.

Como a Assembleia aprovou por unanimidade a proposta de manter os mercadinhos, espera-se que haja muita polêmica quanto à decisão da derrubada do veto. Até o momento, dois deputados já se manifestaram. Gilberto Cattani (PL) comemorou o veto do governador, enquanto Lúdio Cabral (PT) defendeu a derrubada, já que a decisão foi tomada por unanimidade e após diversas reuniões com membros do Judiciário.

A medida tomada por Mauro faz parte do pacote de ações do programa Tolerância Zero Contra o Crime Organizado que visa aumentar a repressão às facções criminosas que dominam Mato Grosso.



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