Indícios de trabalho análogo à escravidão e tráfico de pessoas para fins esportivos, abandono e maus tratos a que foram submetidos jogadores do Cacerense, que foi rebaixado da 1ª Divisão do Campeonato Mato-Grossense de Futebol, serão apurados por várias entidades, entre elas o Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Comissão Estadual para Erradicação de Trabalho Escravo.
Denúncias sobre moradia insalubre, calote no pagamento dos salários dos atletas e até falta de alimentação, foram encaminhadas ao Ministério do Trabalho, ao Centro de Referência de Direitos Humanos, ao Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Comissão Estadual para Erradicação de Trabalho Escravo (Coetrae).
Além disso, a Câmara Municipal, através da vereadora Mazéh Silva, irá propor a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para, além das denúncias, apurar o desaparecimento dos recursos do clube, resultado da arrecadação das bilheterias nos dias dos jogos; do bingo beneficente de uma moto zero quilômetros e centenas de doações feita pela população.
Durante os três meses, em que defenderam o município no campeonato, conforme as denúncias, os jogadores teriam sido submetidos a tratamento desumanos, por parte da diretoria do clube.
Os jogadores afirmam que, havia dias que faltava, inclusive, alimentação. E, que só não passavam fome porque eram socorridos pela população. A república dos atletas está sem água e completamente abandonada.