17 de Fevereiro de 2025

POLÍCIA Quarta-feira, 12 de Outubro de 2022, 11:55 - A | A

CÂMERAS EM FARDAS

Coronel critica proposta: "Onde vai parar essa desconfiança?"

Para o deputado federal eleito, é preciso investir em coisas básicas para os policiais

Vitória Gomes - Midia News

cel Assis dep eleito

 O deputado federal eleito, Coronel Assis (União Brasil)

O deputado federal eleito, Coronel Assis (União Brasil), criticou a ideia de implementação de câmeras em fardas de policiais. Para o parlamentar, ainda é preciso avançar em "coisas básicas" para os policiais. 

Onde vai parar essa desconfiança? Daqui a pouco a câmera vai estar no vereador, no prefeito, no deputado, no governador [...]. Porque todos nós somos servidores públicos. Então, quer dizer que só os órgãos policiais são factíveis a uma falha?”, questionou. 

“Nós precisamos avançar em coisas básicas. Até poucos dias atrás não se tinha uma pistola para cada policial militar”, completou. 

De autoria do deputado Wilson Santos (PSD), o projeto de lei que obriga a instalação de câmeras nas fardas segue exemplo do que já é feito em estados como São Paulo, Rondônia e Santa Catarina. O objetivo seria registrar as ocorrências em áudio e vídeo, além de inibir práticas criminosas.

No entanto, para Assis ainda pairam muitos questionamentos a respeito de como vai funcionar na prática o uso do equipamento de filmagem. 

Nós temos ambientes diferenciados em Mato Grosso: Pantanal, Cerrado, Floresta Amazônica. A gente sabe que em determinada situação o campo de visão é um, é outro. Esse equipamento vai acompanhar? à noite, como vai funcionar?”, voltou a questionar. 

Ex-comandante da Polícia Militar, Assis se mostrou contra uso do equipamento, enquanto os próprios criminosos não são submetidos a formas mais eficientes de monitoramento. 

O deputado cita como exemplo a tornozeleira eletrônica, que identifica a localização de um criminoso, mas não é capaz de mostrar se ele está fazendo algo ilícito.

“Acredito que isso tem que ser melhor pensado, analisado. E o criminoso, quem fiscaliza?”, finalizou.



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