Além do afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o Ministério Público Estadual (MPE) ainda pediu ao Judiciário de Mato Grosso que os ex-secretários de saúde do município Célio Rodrigues, Gilmar de Souza Cardoso e Milton Correa, sejam impedidos de assumiram qualquer cargo na administração municipal.
Sob o comando do emedebista, o órgão ministerial afirma que eles integram uma organização criminosa “cuja finalidade específica é a sangria dos cofres públicos, através da obtenção de benefícios ilícitos, com atuação sistêmica e duradoura dentro do poder Executivo Municipal, causando danos imensuráveis ao erário”.
O promotor Carlos Zarour, que assina o pedido, afirma que isso pode ser comprovado pela prática de inúmeras e reiteradas infrações penais que foram objetos de várias operações que recaíram no âmbito da Secretaria Municipal se Saúde.
Como exemplo ele cita as Operações Sangria, Overpriced, Curare, Cupincha, Capistrum, Samrtdog e Overpay. Segundo o integrante do Ministério Público, essas operações demonstram que Emanuel “atua como líder da organização criminosa instaurada na Capital, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem às custas do erário municipal, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas ultrapassam quatro anos”.
Neste sentido, Gilmar Cardoso seria o articulador operacional e Célio Rodrigues e Milton Corrêa os articuladores empresariais.
“Destacam que os representados detêm influencia no aparato policial estadual e federal, de forma a tentar obter dados sigilosos e até mesmo interferir nas investigações em andamento, o que a torna uma organização criminosa especialmente periculosa, razão pela qual a permanência de Emanuel Pinheiro no cargo põe em risco a eficácia e o resultado concreto da persecução e da ordem pública”, diz trecho do pedido.