Para o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) e o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, agem orquestradamente para favorecer o atual governador, Mauro Mendes (UB), nas eleições de 2022.
Nesta semana, a categoria declarou greve em virtude de descumprimento de decisões judiciais por parte da prefeitura. Imediatamente, o Ministério Público pediu à Justiça uma intervenção na Saúde de Cuiabá.
"É inaceitável o que está ocorrendo. Claramente para servir ao período eleitoral que tem a minha esposa, Márcia Pinheiro, como candidata ao governo", declarou, nesta sexta-feira (2).
Indignado, Emanuel também afirmou que o Sindimed opera sem representatividade e chamou o presidente da entidade, Adeildo Lucena, de 'parceiro do ócio' e 'preguiçoso'.
"Quando eu cobro deles que eles trabalhem, eles começam a fazer a reação montada, um joguinho casado, claramente um combinado, em virtude do mês eleitoral, entre o Sindicato dos Médicos e procurador-geral de Justiça do estado de Mato Grosso. Recebi a ligação de vários procuradores, procuradoras, uma instituição seríssima, mas que na atual gestão vem servindo por todos os meios, de todas as formas, ao atual governador do Estado e, com isso, tentando atacar minha gestão. Tentando plantar um caos que não existe, quando na verdade quem carrega a Saúde do Estado é Cuiabá", afirmou.
O prefeito ainda completou dizendo que tem compromisso com o povo e que o grupo de médicos que deflagrou greve é 'pequeno e sem legitimidade'. "Esse grupo não tem legitimidade porque é o grupo que não quer trabalhar, é o grupo que só quer direitos, direitos, direitos e são incapazes de trabalhar. É o grupo que vê o serviço público como bico, e não como uma missão", disparou.
Em contrapartida, o Sindimed alega que os médicos que atuam no município estão sem receber salário há mais de três meses. Uma das reinvindicações do Sindimed, além dos salários atrasados, é a explicação sobre o concurso público para a Saúde, do qual, segundo a entidade, foram retiradas mais de 200 vagas para médico das UPAs e Policlínicas.
OUTRO LADO
A reportagem entrou em contato com as assessorias do Ministério Público de Mato Grosso e do Sindimed. Em resposta, o procurador-geral de Justiça José Antônio Borges informou que não se manifestará. O espaço segue aberto para manifestação do sindicato.