O deputado estadual Max Russi (PSB) 'enquadrou' o governador Mauro Mendes (UB) e disse que deixará a base do governo, caso Mendes opte por caminhar com outro pré-candidato ao Senado que não a médica Natasha Slhessarenko (PSB).
Na lista de possibilidades, contudo, o governador ainda tem o pré-candidato à reeleição, senador Wellington Fagundes (PL), que carrega o peso do apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), e Neri Geller que, caso preterido pelo governador, pode levar, além do PP, mais dois partidos de alta densidade eleitoral em Mato Grosso, o PSD, de Carlos Fávaro, e o MDB, de Carlos Bezerra.
"Já coloquei ao governador e ao vice-governador que queremos que Natasha esteja na chapa. Se o governador quiser o apoio do PSB, que o governador coloque a Natasha como candidata à senadora dele. Essa é uma condição do PSB para que ele possa ter o apoio do PSB. Se ele não aceitar, o PSB vai estar aberto a outros diálogos", disse, em entrevista à rádio Capital FM, na última quinta-feira (7).
A possibilidade de outros diálogos, contudo, tem se afunilado. Isso porque, Neri Geller já se adiantou e abriu conversações com o que poderia ser o caminho mais viável para o PSB, uma aliança com a esquerda, já que, a nível nacional, o partido caminha junto com a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV).
Segundo declarações de Geller na quinta, os compromissos com a federação serão mantidos, apesar de ainda haver conversas com o governador Mauro Mendes. Na perspectiva de Russi, o momento é, justamente, para as discussões. Entretanto, o PSB deve ser o primeiro partido a encerrar o diálogo, com convenção partidária já marcada.
"Até nas convenções são discussões, é procurar os caminhos, fazer os entendimentos e eu acho que muita água pode passar embaixo da ponte ainda até as convenções. O PSB deve ser um dos primeiros a fazer a convenção, já no dia 30", concluiu.