Considerado uma das principais lideranças do União Brasil de Mato Grosso, o deputado estadual Júlio Campos fez duras criticas a condução do governador Mauro Mendes à frente da presidência da legenda no Estado.
Descontente com a forma com que o partido vem sendo liderado pelo chefe do Executivo, Júlio afirmou que a sigla “não está funcionando” e que até o momento sequer houve reuniões para tratar das articulações para as eleições municipais de 2024.
“O partido não está funcionando. Fizemos uma Convenção Estadual onde eu não participei, Jayme não participou, Botelho não participou, nenhum membro da bancada participou. Elegeram o novo diretório com a presença do governador e depois disso nunca houve nenhuma reunião. O partido segue desativado, apenas tentando conseguir a adesão de prefeitos”, reclamou em entrevista a rádio Cultura (90.7 FM).
Mendes assumiu a legenda em abril desse ano, diante de conflitos no alto escalão da sigla. A situação eclodiu após Júlio afirmar que a eleição estava sendo feita “na surdina”, sem o consenso das lideranças. Segundo Júlio, desde a formação do diretório do Estado, apenas 22 dos 141 municípios ganharam diretórios municipais.
“O partido segue com a pasta debaixo do braço, sem movimentar filiações, adesão, sem formar diretórios municipais. Formou apenas 22 diretórios, que são comandados por prefeitos atuais do partido e que tem pretensão de serem reeleitos. O partido não vai bem”, continuou.
Ao final, o ex-governador afirmou que as atribuições à frente do governo atrapalham o governador a se dedicar ao partido, que, segundo ele, “está quase parando” nas movimentações políticas.
“O cargo exige muito recepção, viagens a Brasília para o mundo e visitas as obras. Então, que horas vai fazer política? Teria que ter um secretário executivo que fizesse o dia a dia do partido. Deveria voltar a funcionar como era antes, com encontros regionais. Por enquanto está nessa situação, devagar e quase parando”, finalizou.