Uma promessa indecorosa feita em nome do deputado estadual Eduardo Botelho, de nomear eleitores de Várzea Grande em cargo comissionado, tirou o seu correligionário, Júlio Campos (União), do sério, ao ponto de acusá-lo de fazer uma campanha suja. Em um áudio, que pulverizou nas redes sociais, o ex-governador desmente essa possibilidade, que estaria sendo divulgada pelo suplente de vereador Wender Madureira (MDB), apoiador político do presidente da Assembleia Legislativa naquele município.
“Melzinho, recebi seu recado sobre o assunto do Wendel, filho do Madureira, com relação à campanha suja que o Botelho está fazendo oferecendo o que ele não tem a dar. Não se pode mais nomear ninguém nem no Estado nem no município, a lei já proíbe. Nos meses anteriores à eleição não tem nomeação, só quem for concursado e tiver necessidade de ser nomeado que o governo pode fazer. Governo, prefeito, Assembleia, Tribunal de Justiça. Então é conversa fiada”, diz trecho do áudio do ex-governador.
Ele finaliza pedindo a Melzinho, seu apoiador, que desminta os boatos espalhados pelo suplente de vereador, que busca angariar votos para Botelho e afirma que dará o corretivo a Wendell pessoalmente.
Júlio Campos briga por uma cadeira na Assembleia Legislativa em uma chapa considerada pesada, com Eduardo Botelho, que até a última eleição, era apoiado por seu irmão Jayme Campos na liderança pela corrida eleitoral, e o deputado Dilmar Dal’ Bosco, líder do governo na Assembleia Legislativa, sendo apontado entre os mais votados.
O ex-governador briga com os deputados eleitos Xuxu Dalmolin e Sebastião Machado de Resende pela terceira cadeira.
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OUTRO LADO
A reportagem tentou contato, por telefone, com Eduardo Botelho, que não atendeu à chamada. Também falou com sua assessoria de imprensa, que informou que o deputado estaria concedendo uma entrevista e que, depois, enviaria o posicionamento.