Faltando cerca de um ano e meio para as eleições gerais de 2026, o cenário político de Mato Grosso já se movimenta intensamente nos bastidores.
A disputa pelo comando do Palácio Paiaguás promete ser acirrada, com partidos, lideranças e possíveis pré-candidatos articulando alianças, definindo estratégias e disputando espaço no embate político.
Entre os nomes que circulam com força nos bastidores estão políticos experientes e até mesmo empresários do agronegócio.
No principal grupo, o governador Mauro Mendes, do partido União Brasil (UB), declarou apoio ao seu atual vice no comando do Executivo, Otaviano Pivetta, do Republicanos, como candidato ao governo de Mato Grosso na próxima eleição.
A declaração ocorreu em um evento do agronegócio no início de março, ocasião em que Mauro Mendes afirmou que Pivetta tem hoje o melhor preparo para continuar à frente do Estado.
“A minha opinião eu já disse e vou repetir muitas vezes, até outubro de 2026: você é a pessoa em quem eu acredito, que tem hoje o melhor preparo para continuar na direção em que estamos”, afirmou Mendes.

Conforme informações de bastidores, Mauro Mendes tem um acordo com Pivetta para apoiá-lo como seu sucessor no Palácio Paiaguás. Ambos devem ter seus nomes nas urnas nas eleições de 2026, já que Mauro deve disputar uma vaga no Senado Federal. Para isso, ele precisará renunciar ao mandato seis meses antes das eleições. A renúncia beneficiaria Pivetta, que passaria a comandar o governo e poderia fazer campanha já como governador do Estado.
Entretanto, o apoio de Mendes a Pivetta repercutiu mal, visto que eles não são do mesmo partido. O deputado estadual Júlio Campos, também do União Brasil, classificou o apoio público de Mendes como “totalmente irregular” e “contraditório”.
Nos bastidores, o nome do senador Jayme Campos, do União Brasil, também circula como possível pré-candidato ao governo estadual. O próprio senador declarou estar à disposição da legenda para disputar o cargo. No entanto, ainda não há consenso dentro do partido. Parte da sigla defende o apoio ao nome indicado por Mauro Mendes, enquanto outra ala entende que a escolha deve ser feita pelo diretório estadual.

Além disso, outro nome cogitado para disputar a chefia do Palácio Paiaguás é o do senador Wellington Fagundes, do Partido Liberal (PL). O presidente da sigla em Mato Grosso, Ananias Filho, destacou que o senador está pronto para a disputa em 2026.

Outro nome que causou bastante repercussão no início deste ano como possível candidato ao governo de Mato Grosso foi o do megaempresário do agronegócio Odílio Balbinotti. Na época, ele não era filiado a nenhum partido, mas recebeu convites do PL e do partido Novo.
