O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), disse que a Casa tem conhecimento dos atrasos nos repasses da Prefeitura para terceirizados que prestam serviços para pastas da gestão municipal.
Apesar de não citar os serviços essenciais, o chefe do Legislativo Municipal disse que o Executivo ainda não pagou os valores referentes aos meses de setembro e outubro. Conforme Chico 2000, a Prefeitura pagou na segunda-feira (06), o valor referente a agosto.
“Estavam atrasados os meses de agosto, setembro e outubro, que venceu agora, agosto foi pago na segunda-feira (06), começou a ser pago na sexta e terminou na segunda. A previsão deles é que dentro de dez dias paguem setembro e aí vão se organizar para pagar outubro”, disse o parlamentar em entrevista na última terça-feira (07).
"Mas nós estamos vigilantes, cobrando. Já cobrei o prefeito, cobrei o secretário de governo, que nos passou essa orientação", acrescentou.
Na terça-feira (07), os trabalhadores da empresa Caribus Transportes, que atende as regiões do Osmar Cabral e Pedra 90, em Cuiabá, cruzaram os braços e só aceitaram voltar ao trabalho depois que a empresa colocou em dia os benefícios a que eles tinham direito.
Em nota, a empresa alegou que a prefeitura tinha atrasado os repasses, o que foi negado pela administração municipal.
Nesta quinta-feira (09), foi a vez dos trabalhadores da coleta de lixo fazerem uma paralisação devido a atrasos constantes no pagamento dos salários e de benefícios a que eles têm direito.
Os profissionais são contratados pela empresa Locar Gestão de Resíduos, sediada em Várzea Grande, que, ao RepórterMT, se limitou a dizer que os pagamentos devem ser realizados ainda nesta quinta-feira.
Por meio de nota, a Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb) disse que “o protesto dos servidores da empresa não é relacionado a administração de Cuiabá”.
Vereadores da oposição questionam o nível de endividamento da gestão municipal e prometem colher assinaturas para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). A base aliada, contudo, tem maioria na Câmara, o que inviabiliza o projeto.