Os deputados estaduais aprovaram, na sessão ordinária desta quarta-feira (31), na Assembleia Legislativa (ALMT), moção de repúdio requerida por Faissal Calil (Cidadania) contra os seguranças que agrediram a jornalista cuiabana Delis Ortiz durante a visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Brasília, na terça.
A confusão começou quando a imprensa tentava entrevistar o chefe venezuelano depois do encontro entre Lula (PT) e outros presidentes da América do Sul. Na tentativa de afastar repórteres de Maduro, um colaborador a serviço do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) teria desferido um soco no peito de Ortiz.
Na Assembleia Legislativa, Lúdio Cabral, do PT, afirmou que não tinha conhecimento da agressão à repórter da TV Globo. Mas defendeu que, se comprovada a agressão, o autor do soco deve ser responsabilizado pelo ato.
"Se houve um episódio de agressão, isso tem que ser apurado e quem cometeu agressão responsabilizado, inclusive, criminalmente. É inaceitável agressão a qualquer trabalhador da imprensa, a qualquer cidadão", disse.
O Itamaraty divulgou nota afirmando que o caso seria apurado. "O Ministério das Relações Exteriores lamenta o incidente no qual houve agressão a profissionais de imprensa, ao final da Reunião de Presidentes da América do Sul. Providências serão tomadas para apurar responsabilidades", manifestou o órgão por meio do texto.