Já citei o tema em outro artigo neste espaço. No dia 10 de agosto assisti a uma palestra do professor Marcos Fave Neves no Simpósio da Aprosoja, em Cuiabá.
Uma frase que ele disse me deixou profundamente impressionado: “Mato está tão relevante nos cenários do Brasil que hoje estamos roubando inteligências de alto nível do Sul, do Sudeste e de onde tenha, pra ocupar espaços no universo de tecnologia e de produção aqui no Estado”. Com o sistema de home office, ficou ainda mais fácil recrutar técnicos de alto nível pra trabalhar em Mato Grosso.
A relevância da frase está no fato de que há 10 anos éramos conhecidos como sertão.
Outra informação impressionante foi a de que ele ao fazer palestras no Estados Unidos, encontra os produtores envelhecidos na faixa de 65 as 70 anos.
Na Europa, disse: “tenho a impressão de que todos saíram do cemitério e voltarão pra lá depois da palestra”. Em Mato Grosso a média é de 45 anos. Isso revela, disse, facilidades de lidar com o empreendedorismo, com inovações e com as novas tecnologias.
Outra frase relevantíssima: “No planeta não há um lugar tão promissor quanto Mato Grosso pra a produção de alimentos, de energia verde, e com boa lida com a questão ambiental. Mato Grosso é um lugar no mundo onde se tem garantia de futuro”.
Na questão ambiental tem a oposição de setores nacionais ideológicos que nunca vão entender o que está se passando. Não conhecem e não querem conhecer. Estão confinados no serviço público, nas universidades públicas, nos sindicatos e nas Ongs ambientalistas. Ativistas ambientais.
A guerra na Ucrânia mudou muito a geopolítica mundial na segurança alimentar. A maior produção é norte-americana, a segunda do Brasil e a terceira da Ucrânia. Com a guerra a Ucrânia perdeu essa posição e quem terá que substituí-la será o Brasil. Especialmente Mato Grosso.
Encerro lembrando a frase do professor Marcos: “Mato está tão relevante nos cenários do Brasil que hoje estamos roubando inteligências de alto nível do Sul, do Sudeste e de onde tenha, pra ocupar espaços no universo de tecnologia e de produção aqui no Estado”. Isso muda tudo.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso