Amanhecemos na segunda-feira envolvidos numa tragédia. Em Sorriso quatro mulheres, mãe e filhas, foram brutalmente assassinadas. Ainda pela manhã soubemos dos detalhes que a todos indigna e fere na alma. Como entender essa atrocidade e seguir apesar dela são questões que martelam e, nesse momento, faz cada pai e mãe abraçar seus filhos no lar, aterrados pela notícia.
Entretanto, quero refletir esse episódio como policial militar. Pense você que me lê quantas vezes esse canalha foi preso pela PM: inúmeras. Pense você que, mais de uma vez, ele foi detido por uma guarnição e levado à delegacia e desta à justiça até que, dias atrás, livremente, pôde vestir a capa de trabalhador e se misturar a operários a fim de barbarizar quatro mulheres, entre elas, menores... criança.
Se a maldade humana não tem remédio àqueles que não têm coração, sejam as leis então a nos proteger desse mal, com poder para encerrar nas grades perpetuamente. Que episódios como esse sejam portanto um clamor por leis duras. Leis inflexíveis a quem perdeu a humanidade e, por isso, não pode retornar à convivência social.
Se é perpétua nossa dor que seja perpétua a pena para crimes como esse que nos ferem a quente, assim como marca de forma indelével Sorriso.
Naquilo que nos cabe, mais uma vez o trabalho policial foi feito, rápida e eficientemente. Porém, até quando?
Deixo, por fim, minha profunda solidariedade e integral disposição da PM aos familiares, vizinhos das vítimas e toda população de Sorriso. Não esmoreceremos jamais.
Alexandre Mendes - Cel PM
Comandante-Geral da PMMT
JOÃO MACIEL 28/11/2023
MEUS PÊSAMES A TODA FAMÍLIA
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