É Natal! O menino Deus está chegando! Com ele um aperto no coração, um nó na garganta. Um turbilhão de imagens passa por nossas cabeças. Tempos alegres para uns, tempos tristes para outros. Vamos amenizar todas essas lembranças praticando o ato da doação. É tempo de reflexão e de boas ações! Participe como voluntário ou voluntária das entidades assistenciais da sua cidade. Vá até o Correio da sua cidade e adote uma cartinha de milhares de crianças que, muitas vezes, pedem de presente apenas um abraço, um carinho e um pão.
Segundo as Nações Unidas, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos...”, como a cultura, as plantas, aos animais, aos rios e florestas.
"Em recente estudo realizado pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, definiu-se o voluntário como ator social e agente de transformação, que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade”; doando seu tempo e conhecimentos, realizando um trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário, atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais, sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional.
Quando nos referimos ao voluntário contemporâneo, engajado, participante e consciente, diferenciamos também o seu grau de comprometimento: ações mais permanentes, que implicam em maiores compromissos, requerem um determinado tipo de voluntário, e podem levá-lo inclusive a uma "profissionalização voluntária"; existem também ações pontuais, esporádicas, que mobilizam outro perfil de indivíduos.
Ao analisar os motivos que mobilizam em direção ao trabalho voluntário, descobrem-se, entre outros, dois componentes fundamentais: o de cunho pessoal, a doação de tempo e esforço como resposta a uma inquietação interior que é levada à prática, e o social, a tomada de consciência dos problemas ao se enfrentar com a realidade, o que leva à luta por um ideal ou ao comprometimento com uma causa.
Altruísmo e solidariedade são valores morais socialmente constituídos vistos como virtude do indivíduo. Do ponto de vista religioso acredita-se que a prática do bem salva a alma; numa perspectiva social e política, pressupõe-se que a prática de tais valores zelará pela manutenção da ordem social e pelo progresso do homem. A caridade (forte herança cultural e religiosa), reforçada pelo ideal, as crenças, os sistemas de valores, e o compromisso com determinadas causas são componentes vitais do engajamento, conforme descreve o "Trabalho Voluntário", de Mónica Corullón.
Então, caros leitores, chegou a hora de você mudar a sua comunidade, o seu bairro, a sua rua. Seja um voluntário ativo. Participe ajudando o seu semelhante. Visite abrigos. Olhe para os seus semelhantes dormindo nas ruas e nas marquises da avenida. Seja solidário com os idosos. Visite lares de crianças abandonadas e necessidades. Tenha um olhar vigilantes para as mulheres agredidas e abusadas. Olhe para o seu lado. Ajude ao seu semelhante. Honre a característico do cuiabano, sempre no exercício da hospitalidade.
(*) NEILA BARRETO é Jornalista. Mestre em História. Membro da AML e atual presidente do IHGMT.