Estamos sendo massacrados por temperaturas altíssimas, céu encoberto por nuvens de fumaça, sol vermelho e ausência de chuva.
Essas queimadas que castigam Mato Grosso e outros Estados são alimentadas em parte pelo agro.
O Pantanal foi muito comprometido pela estiagem e queimadas.
A nossa Amazônia está em chamas.
O início da primavera será no dia 22 de setembro, e o clima continuará o mesmo, nos deixando preocupados.
Um amigo viajou de automóvel para São Paulo e me disse que em todo o trajeto encontrou fumaça na estrada.
O ar de péssima qualidade que respiramos, produz impactos na saúde pública.
Crianças e idosos são os que mais sofrem com as doenças e infecções pulmonares.
E a nossa rede hospitalar pública e privada não apresenta condições de internação.
Muitos desses pacientes precisam de um leito em unidade de terapia intensiva (UTI).
A exposição prolongada à fumaça e ao ar seco fazem muito mal à nossa saúde.
Eu passo o dia todo fechado no meu escritório com refrigeração, umidificador de ar e boa hidratação.
Se for obrigado a sair de casa, sinto-me muito mal.
Clima é política de governo, e não percebo nenhuma disposição para uma discussão para minorar com esse sofrimento da nossa gente.
Há mais preocupação com demarcações de terras indígenas que com queimadas das suas matas.
O presidente da república deveria editar um plano de emergência de combate às queimadas.
A imprensa nacional dá mais espaço em seus noticiários às cadeiradas dos debates na televisão do que a ‘praga dos incêndios’, que destrói parte do nosso território.
Nossos animais, rios e cidades pedem socorro!
Será que chegamos ao fundo do poço moral que tornaram nossas universidades cegas, sem apresentarem um projeto científico de recuperação do nosso território queimado?
O pior é que sabemos como punir os infratores, e fazemos de surdos, mudos e cegos!
Eita Brasil!
*Gabriel Novis Neves é médico, fundador e ex reitor da UFMT