Um magistrado investigado na "Operação Sisamnes" decidiu colaborar com o Ministério Público Federal e detonou uma bomba de efeito devastador no Judiciário de Mato Grosso.
Após ter provas consistentes colhidas pela Polícia Federal, ele optou por firmar um acordo de delação premiada, já homologado pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal.
O conteúdo da colaboração, guardado sob sigilo, promete expor um esquema intricado de venda de decisões judiciais envolvendo outros juízes e familiares do delator.
Fontes ligadas à investigação indicam que a delação é considerada explosiva e deve desencadear a décima fase da operação, prevista para acontecer a qualquer momento.
Segundo informações preliminares, até sete magistrados e dez advogados estariam na mira de novas ações, que podem incluir mandados de busca e apreensão.
Ainda não se sabe se essa nova fase será diretamente vinculada à delação, mas nos bastidores já se fala que ela será a mais abrangente desde o início das investigações.
A "Operação Sisamnes", nome inspirado no lendário juiz persa punido por corrupção, caminha para um desfecho que pode não apenas abalar os alicerces do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, como também pôr à prova a credibilidade das instituições judiciais do país.