O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que as obras do Ônibus de Rápido Transporte (BRT) estão atrasadas em Cuiabá e Várzea Grande, porém, avalia que não seja positivo fazer a rescisão do contrato com as empreiteiras.
Conforme o governador, ingressar na Justiça contra ou quebrar a parceria comercial só vai implicar em alimentar o imbróglio e gerar mais atrasos.
Mauro entende que o consenso é o melhor caminho e destacou que o Executivo estadual já expediu notificações para cobrar o cumprimento do cronograma.
"A obra do BRT até onde sei está atrasada sim. Mas já tivemos várias notificações. Agora, uma rescisão pode fazer com que qualquer obra perca um mês ou até mais meses. Isso pode ser judicializado e criar um grande transtorno. Infelizmente, no mundo público, você tem que apertar, apertar, mas quando vê pelo menos um esforço para melhorar o nível, vamos levando, pois a rescisão pode impor um atraso ainda maior. O consenso é fundamental nesse momento", opinou o governador nesta segunda-feira (3).
Segundo Mauro, a empresa contratada reforçou os trabalhos na avenida do CPA, em Cuiabá, e na avenida da FEB, em Várzea Grande. Em ambas, o governador disse que observa uma melhora na prestação dos serviços e já vislumbra a finalização do projeto, pelo menos, na etapa de Várzea Grande.
"A obra do BRT, nós percebemos que houve uma melhoria, abriram a frente no CPA, estão andando melhor na avenida da FEB, que já está andando para uma finalização da etapa de serviços que iniciou ano passado", falou Mendes.
O governador explicou que atrasos em obras rodoviárias são comuns, principalmente no período de chuvas, pois os trabalhos precisam ser paralisados. Ele desonerou o Paiaguás de qualquer responsabilidade pelo não cumprimento dos prazos. De acordo com Mendes, a parte da sua gestão, que é de pagar o contrato, é cumprida.
"Uma coisa posso afirmar, o governo de Mato Grosso sempre pagou e paga corretamente toda empreiteira. Se tem alguém parando, temos que ir atrás dos motivos. Agora, eu posso garantir que nenhum deles é por falta de pagamento ou dinheiro pelos serviços prestados. Entretanto, obras rodoviárias, elas paralisam no período de chuvas. Isso é natural", disse.
"Temos centenas de obras em andamento no estado de Mato Grosso. Tem obras que tão avançadas (sic), tem obras que estão acima do cronograma, outras no cronogramas e atrasadas. Mas isso sempre acponteceu. Temos que reconhecer que temos um problema gigante em Mato Grosso que é a falta de mão de obra para tocar a quantidade de serviços que o govero está contratando. Porém, estamos modificando, cobrando para que continuem com os prazos estabelecidos", acrescentou Mendes.