O governador Mauro Mendes (União) afirmou que aguarda posição do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para contratar de forma emergencial empresas especializadas que poderão dar continuidade às obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande. Ele assinalou que será necessária a busca por várias parcerias para a finalização do empreendimento, em razão das especificidades dos trechos e demandas de trabalho.
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (11), o governador frisou que não há remédio para a manutenção do contrato com o Consórcio BRT e que busca agora resolver o imbróglio de forma amistosa, a fim de garantir a celeridade nas obras. O que agora, segundo ele, depende do aval do TCE.
“Estamos neste momento dialogando com o Tribunal para fazer uma contratação emergencial, como já foi conversado com o presidente e dois conselheiros relatores da conta da Sinfra. Assim como nós temos dialogado com o próprio Ministério Público. Nós estamos, agora, apresentando a forma de fazer isso, pra gente, então, pegar o restante da obra, subdividir em determinados trechos por especialidade, porque você não contrata uma empresa de obra civil para fazer asfalto. Então, por natureza de trabalho, a gente deve dividir em lotes, e é isso que a gente está apresentando ao longo desta semana”, declarou o governador.
O TCE informou que o acordo do governo do Estado com o Consórcio BRT foi protocolado nesta terça-feira (11) no órgão. O conselheiro-presidente, Sérgio Ricardo, informou que o ente se manifestará em no máximo sete dias.
Ainda conforme o governador, a ideia é de que o Consórcio termine pelo menos todas as obras até o trecho do Crea-MT, na avenida Historiador Rubens de Mendonça. Ou seja, toda a região em obras até o Morada da Serra.
“Vai ter uma rescisão contratual. Eles vão ter que terminar todas as obras do Creia para trás”, pontuou Mauro.
Novela do BRT
O governador Mauro Mendes decidiu por rescindir o contrato com o consórcio BRT, conjunto de empresas responsáveis pela obra de implantação do novo modal de transporte em Cuiabá e Várzea Grande, ainda em janeiro deste ano. Dentre as justificativas, o gestor estadual argumentou o atraso considerável na obra, que deveria ter sido entregue em outubro de 2024, conforme cronograma.
O governador buscou um rompimento ‘amigável’, visto que pretende que o consórcio continue as obras de implantação do novo modal na avenida do CPA e novas empresas sejam contratadas de forma emergencial para realizar a obra em outros trechos.