A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou relatório final que trata sobre a concessão do Lote CN 3, a Rota Agro Central, que liga os estados de Rondônia e Mato Grosso.
A aprovação ocorreu por unanimidade durante a reunião da Diretoria Colegiada da agência, nessa quarta-feira (18).
Com 887,6 quilômetros de extensão, o trecho que irá para concessão conecta Vilhena (RO) a Cuiabá, passando por importantes eixos das BRs 070, 174 e 364.
O investimento é de mais de R$ 10 bilhões.
Ao todo, serão leiloados 8.449 km de rodovias em todo o país, divididos em 15 leilões no decorrer deste ano.
A concessão também ocorre em outras rotas que passam por Mato Grosso.
Confira abaixo o esquema das vias:

ANTT ouve a população
A ANTT garantiu ampla participação recebendo mais de 110 contribuições de cidadãos, entidades e representantes locais.
As sugestões resultaram em melhorias importantes no edital que vão desde a inclusão de travessias urbanas e contornos em áreas críticas até a redefinição da matriz de riscos e a atualização da modelagem econômico-financeira, com foco na tarifa justa ao usuário e na eficiência da operação.
A audiência pública contou com sessões presenciais em Brasília, Cuiabá, Vilhena e Porto Velho. Com o relatório final aprovado, o plano segue agora para o Ministério dos Transportes, a etapa final antes da publicação do edital.
Sobre o projeto
A concessão faz parte de um esforço integrado da ANTT com o Ministério dos Transportes para melhorar a qualidade da infraestrutura rodoviária, atrair investimentos privados e garantir mais segurança, fluidez e eficiência para quem depende dessas vias diariamente — sejam caminhoneiros, moradores locais, produtores ou turistas.
A concessão da Rota do Agro à iniciativa privada é uma medida que visa a redução de acidentes, melhorar o escoamento da produção agrícola, aumentar a competitividade logística e valorizar a malha viária do Norte e Centro-Oeste do Brasil.
“Esse projeto é fruto de um trabalho técnico rigoroso, mas também da escuta ativa da sociedade. Ele foi aprimorado com base nas necessidades reais dos usuários, o que nos dá segurança de que estamos no caminho certo”, destacou o diretor da ANTT e relator do processo, Lucas Asfor.