Mais de 10 categorias do funcionalismo público estadual irão aderir à greve geral nesta sexta-feira (14), em protesto contra a Reforma da Previdência proposta pelo Governo Jair Bolsonaro (PSL) e que está em análise no Congresso Nacional.
Também fazem parte das reivindicações o desemprego e os cortes de investimentos na Educação.
Na esfera federal, os profissionais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vão participar do movimento. O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect) também aprovaram adesão à greve, mas os serviços serão mantidos.
Já no setor privado, os motoristas de ônibus de Cuiabá e Várzea Grande aderiram à greve. Apenas 50% da frota irá funcionar. Já os bancos vão abrir normalmente.
De acordo com o representante do Fórum Sindical – que reúne os sindicatos do funcionalismo público estadual - Oscarlino Alves, vão participar do movimento os funcionários da Saúde, do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), da Área Instrumental do Governo e do Desenvolvimento Econômico e Social.
Os professores estaduais, que já se encontram em greve desde o dia 27 de maio, também vão participar do movimento, além dos agentes socioeducativos do Pomeri, gestores governamentais, fiscais de tributos estaduais e profissionais do Meio Ambiente.
O Sindicato dos Investigadores de Polícia e o Sindicato dos Escrivães e os profissionais do Procon vão decidir se apoiam o movimento na tarde de sexta-feira, às 15h.
Conforme Oscarlino, um ato está marcado para ocorrer às 14h, na Praça Ipiranga. De lá, os manifestantes vão seguir pela Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), subirão a Avenida Getúlio Vargas até a Praça 8 de Abril e depois vão descer a Avenida Isaac Póvoas, retornando à Praça Ipiranga em seguida.
Oscarlino, que também é presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso, informou que os profissionais da área irão manter 30% do serviço nos procedimentos eletivos e 100% urgência e emergência.
No Detran, por sua vez, os servidores comissionados estarão trabalhando. Não há informações, no entanto, de quais serviços no órgão vão funcionar.
Segundo Oscarlino, a mobilização da sociedade é necessária porque as mudanças na Previdência vão prejudicar apenas a classe trabalhadora.
“Estamos participando da organização e buscando mobilizar o maior número possível de trabalhadores para esse dia de protesto. Nós não somos contra a Reforma da Previdência. É claro que o Brasil precisa de várias reformas. Mas não dá para aceitar essa reforma [da Previdência] do jeito que está. É golpe. O Governo Federal quer empurrar toda a conta do desequilibrio financeiro nas costas dos trabalhadores, tanta do setor público, como privado”, disse.