“Inclassificáveis" é a história da reinvenção da magia. É assim que o advogado e escritor Eduardo Mahon define a única obra de Mato Grosso selecionada para Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) 2021.
Um dos principais instrumentos de apoio ao processo de ensino-aprendizagem no Brasil, o PNLD distribui livros de forma regular e gratuita para as escolas beneficiadas em todo o país. Dentre as opções de cada ano, os professores escolhem quais títulos trabalhar em sala de aula, tendo acesso a materiais de apoio para tal.
"O programa público tem uma dimensão enorme. O rigor da banca de avaliação é impressionante, assim como o esforço exigido da editora pelo Ministério da Educação. Há nomes absolutamente consagrados, desde os clássicos até novos autores”, comenta Mahon, comemorando estar entre os selecionados pelo programa.
Conto longo de 80 páginas, “Inclassificáveis” apresenta Cartesinos, cidade pacata transformada completamente pela chegada do circo. O circo, no entanto, tem uma trupe tão estranha que seus integrantes passam a ser conhecidos como “inclassificáveis”. A narrativa baseada no impacto da arte no cotidiano embrutecido conduz o leitor a refletir sobre a importância de valores imateriais no mundo contemporâneo. "Quando a mágica acaba, a humanidade também morre. É preciso continuar fazendo arte, a despeito de todas as dificuldades. Precisamos acreditar de novo”, afirmou o autor.
Carioca residente em Cuiabá, Eduardo Mahon é um dos autores mais prolíficos do Estado. Atualmente, com 26 livros publicados, o escritor conta que “Inclassificáveis” é parte de um projeto maior, a coleção “Contos Estranhos”. Publicados pela Carlini & Caniato Editorial, a coleção “Contos Estranhos” conta com sete títulos: “R.S.V.P.”, “Repartição”, “Resumo da Ópera”, “O vírus do Ipiranga”, Inclassificáveis”, “Galileu dançou por muito menos” e “Paraíso em fuga”.
“Inclassificáveis” também foi um dos dez títulos selecionados pelo projeto Literamato II. Focando na difusão da literatura brasileira produzida em Mato Grosso, o Literamato II distribuiu dez mil livros nas escolas públicas do estado. Agora, com o PNLD 2021, a obra tem a possibilidade de circular entre as escolas em todo território nacional. "A circulação nacional é um dos nossos objetivos como escritores e participantes do mundo da cultura”, comemora Mahon.