A estrutura dos lares brasileiros está mudando. É o que aponta pesquisa “Censo Demográfico 2022: Composição Domiciliar e Óbitos Informados”, divulgada nesta sexta-feira (25), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Hoje, 49,1% dos domicílios têm mulheres como responsáveis, um crescimento em relação a 2010, quando o percentual feminino era de apenas 38,7%.
Em Mato Grosso, o número de mulheres responsáveis por domicílios é de 587.105, dessas 115.135 estão em Cuiabá. Em estados como Pernambuco, Maranhão e Rio de Janeiro, mais da metade dos lares já são liderados por mulheres.
Ao todo, o Brasil conta com cerca de 72,5 milhões de unidades domésticas – 15 milhões a mais do que em 2010. A média de moradores diminuiu para 2,8 pessoas, indicando lares menores e mais diversificados. A tendência reflete um aumento de lares unipessoais, que subiram de 12,2% para 18,9% desde o último Censo, e um aumento de casais sem filhos, passando de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022.
Pela primeira vez, o Censo registrou que 43,8% das pessoas responsáveis pelos lares são pardas, superando a proporção de brancos, que está em 43,5%.
Tipos de domicílio
As mudanças são também visíveis nos tipos de domicílio, com 64,1% das unidades classificadas como “nucleares” (formadas por casal e filhos), 18,9% como “unipessoais” (uma única pessoa) e 15,4% como “estendidas” (com parentes adicionais).