Um grupo de camponeses de Mato Grosso fez uma passeata no CPA (Centro Político Administrativo) de Cuiabá na manhã desta sexta-feira (1º). O ato encerra a 3ª Semana da Resistência Camponesa, que começou no dia 28 de agosto. Como principal pauta, os manifestante reivindicam por reforma agrária.
Conforme o relatório Conflitos no Campo Brasil 2022, da CPT (Comissão Pastoral da Terra), o número de conflitos no campo aumentou 61% em um ano no estado de Mato Grosso. Essa porcentagem é referente à comparação entre 2022 e 2021. Segundo a pastoral, no ano passado foram registrados 147 conflitos. Em 2021, haviam sido 91 casos.
No Incra, os manifestantes pedem a disponibilização de recursos para garantir a estrutura dos assentamentos no estado, a viabilização de estrutura física da Superintendência Regional do Incra e o fortalecimento do Pronera (Programa de Educação da Reforma Agrária).

De acordo com a CPT-MT e com o MST-MT (Movimento Sem Terra), responsáveis pela organização da manifestação, durante a ação, os camponeses também denunciam a paralisação da Política Pública de Reforma Agrária, por meio de decisões em mandados de segurança do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), referentes às áreas pertencentes à União.
Um outro caso que as famílias cobram do Incra é o indeferimento dos pedidos de regularização fundiária das áreas griladas nas glebas Gama, nos municípios de Nova Guarita e Nhandú, em Novo Mundo.