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Morreu no início da tarde desta segunda-feira (05) o saxofonista João Batista de Jesus da Silva, o Bolinha, aos 79 anos. O artista sofrera um acidente vascular cerebral (AVC) no último sábado (03) e foi conduzido às pressas para o Hospital Santa Rosa, onde convalescia em estado grave e veio a falecer.
A idade havia manifestado o desgaste do tempo e Bolinha apresentava já há alguns anos um quadro de saúde debilitado que veio por se agravar desde o ano passado, quando passou a queixar-se de fortes dores de cabeça e chegou a ser internado.
Foi diagnosticado com Síndrome Mielodisplásica, doença degenerativa caracterizada por insuficiência progressiva da medula óssea. Os efeitos visíveis são anemia, cansaço excessivo, tendência a infecções e sangramentos frequentes.
Além das bandas de baile, lambadão e rasqueado de que participou ao longo de mais de 50 anos de carreira, o músico foi um dos pioneiros do rock em Mato Grosso. Durante a década de 1960, fez parte das bandas Lenha, Brasa e Bronca e da considerada primeira banda autoral do Estado, a Jacildo e Seus Rapazes, que chegou a gravar um long play (LP) em vinil em São Paulo.
João era filho de outro músico querido, admirado e reverenciado pela cuiabania, Mestre Albertino, e de dona Enedina Fernandes da Silva, que lhe deram o nome em homenagem ao santo de seu dia, 23 de junho, como era tradição na Cuiabá de outrora.
Gravou seu último trabalho aos 73 anos. O nome era alusivo à rica vida que levou: Lembranças dos 73 Anos do Mestre Bolinha.
